O Hammond B3
sempre imitado, nunca igualado
por Dainel Latorre www.daniel-latorre.com
Órgão Hammond modelo B3 talvez seja o instrumento musical “Vintage” mais cobiçado atualmente. Um aspecto é fator comum entre os músicos. O som que ele produz em conjunto com a sua caixa de som rotatória Leslie® é apaixonante e insubstituível.
O HAMMOND B-3 |
Apresentação
A grande característica do órgão Hammond, um tanto esquecida pelos fabricantes de teclados ao longo das décadas de 70 a 90, é a possibilidade de controlar cada freqüência e criar variados timbres diferentes em tempo real. Como a propaganda original da Hammond na década de 40 afirmava, é possível “atingir toda a variação das cores musicais e produzir toda a coloração musical necessária para servir, sem sacrifício, as melhores peças da literatura do órgão clássico”. Os organistas clássicos e litúrgicos ficaram bravos, sem falar nos fabricantes de órgãos de tubos.
Mas muitos acabaram achando um caminho entre as possibilidades do Hammond para interpretar peças clássicas e litúrgicas.
Novos Conceitos
É interessante observar a lúdica associação entre som e cores. Uma idéia que ainda esta em desenvolvimento. Sem dúvidas o órgão Hammond é um dos precursores de conceitos musicais que revolucionaram a sociedade do século XX.O órgão Hammond foi inspirado pela invenção do Norte-Americano do início do século XX chamado Thaddeus Cahill. O Telharmonium, nome deste invento, funcionava através de geradores elétricos, produzindo tons que podiam ser transmitidos através de fios e podiam ser ouvidos através de alto-falantes. Este instrumento precisava de vários vagões de trem para ser transportado.
Um Fabricante de relógios, Sr. Laurens Hammond em 1933, baseou os princípios de Cahill e no motor que inventara para seus relógios para construir um órgão elétrico. Não eram necessários os vagões que carregavam os geradores de força para produzir os Watts necessários para amplificar o som, pois na época de Laurens os amplificadores a válvulas podiam suprir esta necessidade fora o fato de que o gerador que inventara produzia apenas microwatts. Mesmo assim um B3 pesa quase 200 kg. (leia aqui sobre o Laurens Hammond)
Número 1
O primeiro protótipo apareceu em abril de 1935 em uma exposição de arte no complexo Radio City’s RCA. O primeiro modelo comercializado foi o Modelo A. E um dos primeiros consumidores de seu invento foi seu colega inventor Henry Ford.Laurens Hammond projetou seus órgãos para residências e uso em Igrejas que não podiam comprar um órgão de tubos, ou por incapacidade financeira ou por não ter espaço suficiente.. Mas nunca pensou que pudesse ser usado profissionalmente para estilos populares como o Jazz, Blues e o Rock. E foi por aí que seu invento fez as mais fantásticas inovações na música em todo o mundo.
Modelo A de 1936 |
História de Sucesso
A fábrica da Hammond prosperou por 50 anos fabricando uma diversa linha de órgãos elétricos para músicos profissionais e amadores. A marca Hammond se tornou popular, mas o modelo que mais fez sucesso foi o B3. Mesmo assim a fabrica decidiu tentar substituí-lo com outros modelos como a série H-100, X-77 e outros. Mas não obteve sucesso. O Hammond B3 continuava a ser comercializado em todo mundo.
Para obter o som que ouvimos deste “mágico” instrumento, foram necessários muitos esforços de seu inventor e sua equipe de excelentes engenheiros durante alguns anos e após alguns modelos como o A, BV e B2. A “magia” desse instrumento é feita pelo conjunto de elementos elétricos e mecânicos que constituem o instrumento.
Dentro do Hammond B3 |
O Gerador
Engrenagens dos Tonewheels |
Primeiro temos os “Tone Wheels”. São rodas de aproximadamente duas polegadas de diâmetro que giram em uma velocidade constante e possuem pequenos entalhes ou dentes em volta de sua borda. Encostado o mais próximo possível da borda de cada “Tone Wheel” fica um captador (pick-up), que é uma bobina enrolada em um núcleo imantado. Os Tone Wheels giram por um eixo e cada vez que a ponta dos entalhes passa pelo ímã, ocorre uma mudança no campo magnético que induz uma pequena voltagem no captador. Quanto maior a quantidade de entalhes por segundo que passa pelo captador, mais alto é o tom resultante. Os tamanhos dos ímãs e das hastes variam de acordo com a nota a ser obtida. Hastes e captadores maiores são usadas para as notas mais graves, e as notas mais agudas vão usando hastes e captadores menores. A quantidades de entalhes nos Tone Wheels são, por exemplo, para a oitava mais grave, 12 tone wheels cada um com 2 entalhes ou dentes. As oitavas sucessivas possuem respectivamente 4, 8, 16, 32, 64, 128 e 192 dentes. O sinal produzido por cada tone wheel é semelhante a uma onda em forma de sino. Os harmônicos indesejados são filtrados por circuitos análogos que ficam em maior parte em cima do próprio gerador. Em um Hammond B3 há um total de 96 tone wheels e apenas 91 produzem tons. O restante foi colocado apenas para o balanceamento mecânico.
Motores
No gerador encontramos também dois motores. Um é o motor principal sob o qual é fixado o eixo que move os Tone Wheels, este motor é baseado nos princípios dos motores inventados por Laurens para os relógios que fabricava. Naquela época este motor não podia ser acionado sozinho, era preciso algo o impulsionasse para gira-lo e leva-lo a uma velocidade constante de 60Hz. Para isso foi colocado um motor de partida na engrenagem. Assim, quando vamos ligar um Hammond B3 encontramos 2 botões, denominados Start e Run. O primeiro é o botão do motor de partida, ao acioná-lo é possível ouvir ele girar e sincronizar os tone wheels, levando o motor principal até a velocidade necessária. Após alguns segundos é acionado também o segundo botão que liga o motor principal; após mais alguns segundos é solto o botão do motor de partida, e assim o motor principal pode girar sozinho.
Para minimizar a interferência causada entre os dois tone wheels em um mesmo receptáculo, estes são separados em uma distância de quatro oitavas da freqüência que cada um produz. Os captadores das freqüências graves tem resistores que funcionam como filtro de freqüência grave. Os captadores de freqüências agudas têm capacitores individuais para eliminar harmônicos indesejáveis e as interferências dos tone wheels que tem afinação quatro oitavas mais baixa.
Como Funciona
O motor que faz os tone wheels girarem usa exatamente 60Hz, que é a ciclagem da força da Corrente Alternada (AC) nos EUA e também no Brasil. E curiosamente é o alcance da audição humana. Os órgãos que eram montados ou exportados para a Europa (e alguns para o Brasil, na década de 40 e 50), funcionavam em 220V e a 50hz.Foto do Gerador tirada do Manual Original da Hammond |
O funcionamento do gerador é mantido através de óleo, este é especial e foi projetado pelos próprios engenheiros da Hammond. O gerador tem um sistema exclusivo de drenagem para que este óleo atinja todas as peças necessárias de difícil acesso e uniformemente.
Os Drawbars
Os Drawbars são os registros responsáveis pelas possibilidades da criação dos timbres do instrumento. São tecnicamente equivalentes a botões sliders com uma graduação de 1 a 8 e constituem em um conjunto de nove botões. O drawbar empurrado totalmente fica “desligado” e puxado totalmente oferece o seu volume máximo.
Em um B3 os drawbars estão agrupados em quatro grupos de nove. Em cada conjunto há quatro drawbars brancos, três pretos, e dois marrons. A cores indicam os intervalos harmônicos. Os brancos para a fundamental ou oitavas, pretas para intervalos de 12a, 17a, ou 19a, e marrons para a oitava abaixo da fundamental e sua terça harmônica. Nos Hammond B3 mais modernos há números estampados em cada drawbar. Estes se referem à terminologia dos órgãos de tubos e se baseiam nas medidas em pés dos tubos. Os drawbars possibilitam o controle de cada freqüência apresentada e sua combinação em tempo real.
Descrevendo o órgão
Há dois teclados (chamados de manuais) e uma pedaleira. Cada manual tem dois conjuntos de drawbars e a pedaleira tem dois drawbars.
Os manuais são constituídos pelas teclas e em baixo delas os contatos. Estes contados se dão por 9 barras fixadas abaixo de cada manual onde ao pressionar qualquer tecla fecha-se o circuito referente a cada drawbar relacionado com a nota tocada.
Os manuais são constituídos pelas teclas e em baixo delas os contatos. Estes contados se dão por 9 barras fixadas abaixo de cada manual onde ao pressionar qualquer tecla fecha-se o circuito referente a cada drawbar relacionado com a nota tocada.
Ao lado esquerdo dos dois teclados, há uma oitava em cores invertidas, isto é, as notas naturais pretas e os meio tons brancos. Estas notas não tocam, e são os “presets” do órgão. Cada nota de “presets” quando acionada fica presa, soltando a que estava anteriormente acionada. A última nota dos presets (correspondente ao dó) é o Cancel, que serve para cancelar os presets. Os presets responsáveis para cada conjunto dos drawbars são o Si bemol para o primeiro conjunto e o Si para o segundo conjunto, em cada manual. Os outros presets são presets fixos que vem de fábrica e podem ser ajustados mudando os fios no painel traseiro do órgão.
Clicks
O click é o efeito de “pop” elétrico proveniente da ação dos contatos em cada nota. Este aparece quando aciona e solta cada nota. Foi considerado como defeito e fizeram de tudo para elimina-lo. Mas não conseguiram. Ainda bem, pois este “barulho” dos contatos sendo acionados proporciona um ataque e uma característica fundamental no Hammond B3. Este “defeito” não foi muito bem visto em estilos musicais que não estivessem entre o Rock, Blues e o Jazz.Percussão
A percussão do Hammond B3 é um efeito que proporciona um ataque tonal que enriquece os timbres adquiridos. Funciona apenas no preset Si do manual superior e é controlado por quatro botões à direita do painel frontal. Estes botões permitem ligar e desligar a percussão , escolher entre o volume alto ou baixo, escolher entre um “decay” rápido ou lento da percussão e a escolha da tonalidade uma oitava ou uma quinta acima da fundamental. A percussão só é ouvida se tocada em stacatto. Os tons da percussão são obtidos através dos circuitos controlados pela válvula 12au7 no preamplificador e cria o envelope de percussão, mas o corte se dá ao tocar uma ou mais notas. Há apenas um envelope cada vez que se aciona a primeira nota e continua a segura-la. Pode-se escutar as outras notas dos drawbars sendo tocadas, mas o corte foi eliminado, já que a nota anterior foi solta, para criar o queda de volume do envelope (decay).
Vibrato e Chorus
O vibrato e o chorus são controlados por dois botões na esquerda do painel frontal, uma para acionar o efeito em cada manual separadamente e um botão giratório para a escolha de três tipos de vibrato ou três tipos de chorus não simultâneos.O efeito do vibrato do Hammond é criado através de periódicos aumentos e diminuições de afinação. É diferente de um tremolo que é uma mudança entre o volume.
O vibrato funciona através de um “Vibrato Scanner” situado ao lado do motor principal, que varia as freqüências de todos os tons através da contínua troca de sua fase. Inclui uma rede de troca de fase ou uma linha elétrica de delay, composto de uma seção de filtros de freqüência baixa e um captador, que são movidos por um motor que gira para frente e para trás ao longo da linha. O Vibrato Scanner é constituído por Capacitores e resistores mais bobinas como na figura.
A graduação do Vibrato é variada através de um botão giratório. A graduação V2 percorre a metade da linha de vibrato. A graduação V1 percorre cerca de um terço da linha de delay do vibrato. V3 percorre toda a linha do vibrato.
O efeito de chorus é semelhante ao resultado da mistura de duas ou três freqüências desafinadas. É produzida pela mistura do sinal saído do Vibrato com uma parte do sinal sem vibrato. Como o vibrato é aplicado à parte do sinal ao redor da linha de delay, mas não para o resto do sinal, que é aplicado em um resistor ao redor da linha, a combinação produz o característico efeito Chorus do Hammond.
A graduação do Vibrato é variada através de um botão giratório. A graduação V2 percorre a metade da linha de vibrato. A graduação V1 percorre cerca de um terço da linha de delay do vibrato. V3 percorre toda a linha do vibrato.
O efeito de chorus é semelhante ao resultado da mistura de duas ou três freqüências desafinadas. É produzida pela mistura do sinal saído do Vibrato com uma parte do sinal sem vibrato. Como o vibrato é aplicado à parte do sinal ao redor da linha de delay, mas não para o resto do sinal, que é aplicado em um resistor ao redor da linha, a combinação produz o característico efeito Chorus do Hammond.
O preamplificador
O preamplificador do Hammond B3 é constituído por Trasformadores, Válvulas e componentes que trabalham os sinais elétricos e de áudio do órgão. Este distribui o sinal elétrico que entra no Hammond para alimentar os motores e transformadores.O sinal de áudio que sai dos geradores e passa pelo Scanner do vibrato e pelo chorus são tratados e enviados para os controles dos painéis e para os manuais. É também responsável pela qualidade do timbre do instrumento. O pedal de expressão é acoplado a um variável que fica dentro do preamplificador por meio de alavancas de metal.
Pré Amplificador do Hammond B-3 e suas válvulas |
O Hammond B3 Ontem e Hoje
Jimmy Smith |
O Hammond se popularizou com vários artistas em maioria interpretes da musica popular. Uma grande organista e difusora do Hammond foi Ethel Smith tocando principalmente músicas de um compositor brasileiro. Todos devemos lembrar dela tocando “Tico-tico no Fubá” de Zequinha de Abreu, no desenho da Disney contracenando com personagens como Zé Carioca e Pato Donald. Entre muitos outros filmes, musicais e discos tocando musicas de Zequinha de Abreu.
Enquanto isso o Hammond foi muito usado em Big Bands, rádios e estúdios nas décadas de 40 e 50. É fácil lembrar daquelas novelas de rádio onde a música de fundo, principalmente nos momentos de suspense, era feita com o som de um órgão com muito vibrato. Na maioria eram órgãos Hammonds.
No Jazz o B3 conseguiu um feito notável. Grandes nomes como o inacreditável Jimmy Smith, Richard Groove Holmes, Jack McDuff, Melvin Rhine ; entre o Blues e o Jazz o grande Jimmy McGriff; no blues o “embaixador” Deacon Jones, entre muitos outros que inventaram cada um seu estilo, mudando os conceitos de jazz e Blues tradicional e criando estilos que promoveram o instrumento a um alto nível de respeitabilidade.
No Rock, nomes como Keith Emerson, Rick Wakeman, Ken Hensley e muitos outros fizeram a história. Mas talvez o maior difusor do Hammond no Rock foi, e ainda é Jon Lord.
No cotidiano do norte americano e pouco no brasileiro, o Hammond foi muito usado em Igrejas protestantes e também na música Gospel.
Durante a década de 80, com o avanço do sintetizador e de toda a tecnologia em conjunto com movimentos da música punk e música eletrônica, o Hammond foi quase esquecido. Foi considerado um “trambolho” e um equipamento retrógrado. Coincidiu com muitos outros problemas incluindo a falência da Hammond.
O B3 já foi usado em todo tipo de música que se imagine, desde James Brown, Marvin Galé até Roberto Carlos.
Na música litúrgica, seu papel inicial era suprir as necessidades de um órgão de tubos, ao invés disso criou um espaço próprio diferente, levando em consideração que não havia muita opção há 40 ou 50 anos atrás. Mas atualmente com a capacidade tecnológica e os órgãos que simulam os de tubos que temos no mercado, parece que o Hammond nas igrejas não é mais tão necessário. Fica bem claro na mente da maioria das pessoas que o órgão de Igreja é associado ao som dos de tubos e o órgão popular de Jazz, Blues e Rock (incluindo todas as variações destes estilos), é o som do Hammond.
Enquanto isso o Hammond foi muito usado em Big Bands, rádios e estúdios nas décadas de 40 e 50. É fácil lembrar daquelas novelas de rádio onde a música de fundo, principalmente nos momentos de suspense, era feita com o som de um órgão com muito vibrato. Na maioria eram órgãos Hammonds.
No Jazz o B3 conseguiu um feito notável. Grandes nomes como o inacreditável Jimmy Smith, Richard Groove Holmes, Jack McDuff, Melvin Rhine ; entre o Blues e o Jazz o grande Jimmy McGriff; no blues o “embaixador” Deacon Jones, entre muitos outros que inventaram cada um seu estilo, mudando os conceitos de jazz e Blues tradicional e criando estilos que promoveram o instrumento a um alto nível de respeitabilidade.
No Rock, nomes como Keith Emerson, Rick Wakeman, Ken Hensley e muitos outros fizeram a história. Mas talvez o maior difusor do Hammond no Rock foi, e ainda é Jon Lord.
No cotidiano do norte americano e pouco no brasileiro, o Hammond foi muito usado em Igrejas protestantes e também na música Gospel.
Durante a década de 80, com o avanço do sintetizador e de toda a tecnologia em conjunto com movimentos da música punk e música eletrônica, o Hammond foi quase esquecido. Foi considerado um “trambolho” e um equipamento retrógrado. Coincidiu com muitos outros problemas incluindo a falência da Hammond.
O B3 já foi usado em todo tipo de música que se imagine, desde James Brown, Marvin Galé até Roberto Carlos.
Na música litúrgica, seu papel inicial era suprir as necessidades de um órgão de tubos, ao invés disso criou um espaço próprio diferente, levando em consideração que não havia muita opção há 40 ou 50 anos atrás. Mas atualmente com a capacidade tecnológica e os órgãos que simulam os de tubos que temos no mercado, parece que o Hammond nas igrejas não é mais tão necessário. Fica bem claro na mente da maioria das pessoas que o órgão de Igreja é associado ao som dos de tubos e o órgão popular de Jazz, Blues e Rock (incluindo todas as variações destes estilos), é o som do Hammond.
Volta à forma
Hoje o B3 parece ter voltado na moda. Para os que realmente apreciam este instrumento, nunca saiu ou entrou em moda. Ele sempre fez parte do cotidiano musical. Mesmo assim é para muitos músicos e apreciadores inviável ter um B3 de verdade. Por vários motivos como: preço, peso, espaço, adquirir a técnica e o estudo do instrumento que é muito diferente da de um piano ou órgão litúrgico, e etc. Mas existe a opção, por mais que os conservadores e fanáticos por Hammond possam contradizer, de comprar um simulador com drawbars e todos os recursos de um B3 de verdade incluindo a simulação do efeito dos falantes giratórios da caixa Leslie. Existem até softwares de computadores que simulam o som de um B3. Convenhamos, a “magia” e a satisfação de tocar um Hammond B3 de verdade, controlar os drawbars, chorus, percussão, pedaleira e tudo que ele oferece, é uma sensação inigualável, e com certeza isso reflete no som que se pode obter deste instrumento.
Daniel Latorre
Agradecimentos: Warwick Kerr Jr. e Mark Vail.
Em memória do amigo e fã de Hammond: Solon do Vale