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Roy Haynes: Mandando ver!




Roy Haynes ficou um pouco surpreso com o comentário. Claro que tem uma carga erótica na maneira dele toca bateria. “Notei que nos últimos 10 ou 15 anos, muitas mulheres apareciam depois de meus shows,” ele diz. “Algumas diziam que nunca haviam visto um baterista tocar assim.”

Uma instantânea confiança jovial vinda de um homem que já passou dos 80. Haynes fala, anda e age assim. Seu estilo de moda, assim como seu jeito empolgante de tocar, tem sido sua assinatura por décadas - o baixista Al McKibbon não nega o termo “Mandando ver até quebrar” (Snap, Pop and Crack, em inglês) . “Ele é a pessoa mais estilosa, sempre,” diz Jeff “Tain” Watts. “Ele é assim faz muito tempo. Eu li esse termo sobre ele na revista Esquire nos anos 60. Sim-‘Mandando ver’ já diz tudo.”

Como um terno sob medida, o apelido que Haynes tinha nos anos 50 ainda lhe cabe perfeitamente. Com um ataque de caixa usando as duas baquetas Haynes consegue chamar a atenção mesmo em um bar cheio e barulhento. É um recurso que ele anda usando muito ultimamente durante a tour com a banda "Fountain of Youth", um dos mais empolgantes quartetos. Mas nada consegue abalar seu estado descolado status de um homem que esta além de ser octagenário. *Esta entrevista foi em celebração de seus 80 anos em 2005, hoje ele tem mais de 90 e ainda tocando como nunca ;-)*

“8.0? Cara, é inédito,” ele balança a cabeça e fica sério tirando um sarro. “Eu nunca imaginei chegar nos 80. Mas aqui estamos. A idade me alcançou.”

Claro que todo o mundo do jazz estava esperando impaciente para atingir que Haynes atingisse este marco. Quase todo show de Haynes em 2005 tinha um brinde e um bolo em forma de tambor. “Até mesmo depois do meu aniversário,” ele lembra da sua cidade, “o prefeito de Boston até criou o ‘dia do Roy Haynes.'

Roy Owen Haynes é "old-school". Ele prefere falar “paca” ao invés de “muito.” Numa conversa ele domina, direciona para onde quer, preferindo um toma-lá-da-cá de um bom papo do que uma entrevista onde ele responde de forma cautelosa. “Para quem é?” ele quer saber antes de falar. “Do que estamos falando?”


Em 16 de março de 2005, dia em que fez 80, novos e velhos amigos como Chick Corea e Watts voaram para Bay Area para celebrar com Haynes no bar Yoshi’s. Logo depois, na cidade de New York, fez uma semana de shows no bar Village Vanguard e no domingo seus companheiros de baquetas Jimmy Cobb, Ben Riley, Louis Hayes, Billy Hart e Kenny Washington apareceram por lá. Semanas depois em New Orleans, Haynes foi ovacionado pela platéia do JazzFest. De volta a a cidade de New York em meados de Junho, a associação de jornalistas "Jazz Journalists Association" o consagrou como baterista do ano.

“Tem sido muito bom,” diz Haynes, “Mas te digo, Eu tento viver um dia de cada vez. Eu sonho muito. Eu penso muito.” O "Manda Ver" engasga por um momento e adiciona, “Eu gosto mesmo é de subir lá e tocar.”
Haynes já foi abordado por “muita gente por ai que é superficial. Fazem suas perguntas, recebem suas respostas, mas não conseguem ir além disso. Sabe, sou melhor quando estou tocando de noite, quando estou no meu instrumento, ai eu posso responder. Se eles tiverem bons ouvidos e uma boa imaginação eles conseguem entender enquanto estou tocando. nem tenho que falar sobre.”

Pode-se entender a admiração reverente que atinge muitos que conseguem um momento com o ele. É a lenda das lendas, uma conexão direta com Charlie Parker, Bud Powell, Lester Young, Sarah Vaughan, Thelonious Monk e John Coltrane. Como líder, seus álbuns são muitos, a maioria viraram clássicos: Cymbalism, Out of the Afternoon e We Three. Mais que uma célebre carreira de 60 anos, jovial, cheio de energia, continua liderando com tudo junto de jovens talentos sendo nomeado

"Jazz Master" pelo National Endowment for the Arts em 1995. O ano que marcou o 50o. aniversário de sua chegada na cena do jazz, onde garoto de Roxbury, Mas tocou pela primeira vez na cidade de New York . Uma história que nunca se cansa de contar.


“Era um show de baile do Savoy em Setembro de1945. Estava tocando em New England, no vinhedo de Martha para ser exato, de uma pequena banda vinda de Boston. Eu recebi uma carta-convite do [pioneiro] Luis Russell, que não conhecia, mas ele havia ouvido falar de mim. eu respondi com um telegrama dizendo que estava interessado em fazer parte da banda, mas não poderia antes do Dia do Trabalho. E foi o começo.”

Acabara a Segunda Guerra Mundial. A economia esta subindo assim como a cena.
“O Harlem estava bombando naqueles dias. Havia vindo para New York quando meu irmão estava no exército. Vinha com meu pai e minha madrasta para visitá-lo, ir lá na rua 52 e etc. Mas [em 1945] eu já era crescido e estava em ponto de bala!”

Antes de terminar a década Haynes se tornou primeira escolha de bandas grandes e pequenas, tocou com importantes músicos como Lester Young em 1947 e dois anos depois com Charlie Parker. “Eu tocava o chamado bebop, mas era um baterista de swing que, de uma forma ou de outra, acabava fazendo as pessoas dançarem quando tocava com o Bird” diz Haynes. “Isso quando não estavam dançando paca. Aconteceu no último verão ou num verão anterior quando eu estava no Harlem para o festival Charlie Parker. Fizemos uma balada mais lenta e até lá tinha um cara dançando, faz o maior sentido.”

Também faz sentido que Haynes foca na dança como parâmetros de progresso de sua carreira. Mesmo após deixar os salões de baile trocando com os beboppers como Miles Davis, Kai Winding e Bud Powell, ele manteve o balanço de seu estilo. Esta na maioria das gravações dos anos 50: menciono duas músicas com piano e bateria pulsantes “Little Willie Leaps” e “Woody N’You”- no disco Powell’s Inner Fires, um show ao vivo de 1953 em trio com o pianista Charles Mingus. Haynes lembra da data e de seu amigo em seu auge logo antes dos problemas mentais que começaram a drenar Powell.
"Naquela época Bud estava internado. Tinha vezes que ele ia até a ponte e voltava diversas vezes - um monte de coisas estranhas. Mas eu o conhecia antes em 45 e 46 quanto tinha 20, 21 anos, antes do tratamento de choque.

Era um Bud Powell totalmente diferente. Sempre tocávamos juntos no bar Minton. Costumava a ir na casa dele que ficava na 141a e na Av. St. Nicholas e ele tocávamos sem parar. Ele tinha "mucho fuego" naquela época, sempre pegando fogo!”

Nos anos 50, Haynes refinava seu estilo. Ficou conhecido por um sentido melódico mais comum dos timbales do que o kit comum, e pelo seu distinto som autoconfiante. Charles Mingus o idolatrava por sua habilidade de sugerir uma batida, ao invés de impor. Tain Watts disse sobre Haynes “tem um negócio, tocando além do tempo, que parece livre, mas é "groovado" ao mesmo tempo como se ele tivesse uma clave ou um relógio africano dentro dele que faz tudo ficar enraizado. Eu diria que sua assinatura esta definitivamente na marcação do chimbal - sempre bonito e solto, ainda sim suingando forte - e o som da sua caixa, sempre afiada no tempo, alta, seca, estalada e empolgante.”

Este som afirmava sua versatilidade também. Haynes trabalhou com a Sarah Vaughan por nove anos e só então em 57 entrou para a banda do Thelonious Monk até 59. Por volta de 63 ele cobria os shows do Elvin Jones no quarteto de John Coltrane, adorado pelo saxofonista por seu jeito de “esticar o ritmo.”

“Eu só tentei me inserir no som,” conta Haynes. “Um lance interessante sobre todas estas pessoas diferentes, eles estavam acostumados comigo, então era só chegar e fazer o meu som, enquanto eu ouvia o tempo todo o que estava acontecendo. Eu não consigo descrever exatamente o que fazia. Eu ia pelo sentimento.”

Nos anos 60, Haynes adicionou sua abordagem livre nas bandas conduzidas por George Shearing, Kenny Burrell e Stan Getz, num dos lineups ele conheceu um jovem pianista chamado Chick Corea, com quem formaria times ainda muitas vezes. Ao perguntar qual músicas de sua carreira como acompanhante, Haynes sugere uma música mais que todas.

“A que eu ouço muito sobre foi a ‘Shulie a Bop’ com a Sarah Vaughan de 1954 - música que ela apresentava o trio, e logo depois de anunciar meu nome eu respondia na bateria, “Bap!” e ela respondeu “Roy!” Eu “Bap-bap-bap!”, e ela “Haynes!” Era o máximo. E tinha uma com Chick Corea, “Now He Sings, Now He Sobs,” que as pessoas falam por todo mundo. Estava em Paris há alguns dias atras fazendo uma master class e, naturalmente, alguém trouxe um disco para eu autografar. Era de 1963 em Newport: “My Favorite Things” com o Coltrane, versão de 18 minutos. Eu nem sabia que estava sendo gravado!”

Das gravações favoritas como líder, Haynes rapidamente cita “Out of the Afternoon de 1962, com o [saxofonista] Rahsaan Roland Kirk, [pianista] Tommy Flanagan e [baixista] Henry Grimes. De fato, hoje mesmo eu recebi alguns royalties e fui retirar no banco.”

Entre as sete faixas do Afternoon, se destaca a “Long Wharf,” que traz Haynes se esquivando entre as rápidas mudanças de tempo e espetaculares pausas. Só de mencionar esta música já provoca risadas: “Esta é uma das minhas composições, algo que desenvolvi com minha banda nos palcos,” conta Haynes. “Como a música 'Snap Crackle’ também. Outros músicos me chamavam assim, e eu achei que seria um bom nome para uma música, decidi fazer uma intro no estilo ‘Shulie a Bop.’ Que é o Tommy falando ‘Roy!’ e ‘Haynes!’ Ele tentou primeiro com Rahsaan, mas por algum motivo ele não estava concentrado o suficiente,” [risada]

Afternoon era uma faixa quebra-galho para a gravadora Impulse, inspirada em alguns improvisos ao vivo.
“Naquela época eu tocava muito no Five Spot”, diz Haynes. “Rahsaan chegava de Ohio ou Chicago ou sei lá de onde, ele tinha seu próprio grupo na mesma conta, e fazíamos algumas jams juntos. Henry e Tommy trabalhavam muito comigo. Eles eram do caramba! Ficamos entusiasmados em fazer algo juntos, então levei para Bob Thiele [chefe da Impulse], e fizemos. Rudy Van Gelder [lendário técnico de som] também foi responsável por boa parte daquele álbum; Ele tirava aquele ótimo som de bateria no seu estúdio em New Jersey.”

Apesar da realização que ele tece nas gravações como líder, Haynes se dividia como músico acompanhante na maior parte de sua carreira. Em 1970, ele formou seu Hip Ensemble: um grupo rotativo, modernista que sempre incluía tecladistas (como Stanley Cowell) ou guitarristas (Hannibal Peterson, Kevin Eubanks) e na maioria das vezes saxofonistas na onda do Coltrane (John Klemmer, Ralph Moore, George Adams). Na chegada dos anos 80, ele assumiu um projeto como Trio com Chick Corea e Miroslav Vitous e antes do final da década, atuou com principal músico de Pat Metheny.

Mas a inclinação de Haynes como líder que definiu sua carreira nos últimos anos:
“Toquei com todo mundo,” ele conta. “Mas quando eu tentava fazer a música deles soarem bem, surgiam um monte de coisas na minha cabeça que eu acabava não fazendo. Acho que tinha muito mais a ver colocar isso em um projeto meu. Agora eu posso fazer tudo que quero no meu próprio grupo.”

Em 2000 Haynes formou um trio com o pianista Danilo Perez e o baixista John Patitucci, gravando um disco The Roy Haynes Trio (Verve) que resumia várias músicas de sua carreira, incluindo “Shulie a Bop.” No ano seguinte, ele recrutou um time de estrelas como o Roy Hargrove, baixista Dave Holland, saxofonista Kenny Garrett e o pianista Dave Kikoski para seu tributo a Charlie Parker, Birds of a Feather (Dreyfus). E em 2002 fez uma impressionante gravação, lançada pela Columbia/Eighty-Eight’s como Love Letters, que incluía o guitarrista John Scofield, o sax tenor Joshua Redman e, alternando os pianistas Kikoski e Kenny Barron, os baixistas Holland e Christian McBride.

Mas Haynes esta mais focado em seu trabalho com o quarteto Fountain of Youth, com o saxofonista Marcus Strickland, o pianista Martin Bejerano e o baixista John Sullivan.
“Eu não esperava gravar o Fountain of Youth no Dreyfus para ser nomeado ao Grammy,” ele diz. Naquela época todos estavam nos seus 20 anos e eu nos meus 70 passados. Mas quando subíamos no palco era como se tivéssemos a mesma idade.”

A banda começou junto há alguns anos, como uma estreia de Strickland.
“Eu estava no Blue Note de New York quando Milt Jackson tocava com sua big band [no final dos anos 90] e eu estava no bar,” lembra Haynes. “Marcus chegou com seu saxofone nos ombros; ele só tocava com Milt naquela época. Chegou em mim e disse ‘Roy Haynes, quero tocar com você’- muitos anos antes tínhamos tocados juntos. Eu geralmente não tenho regras para escolher quem toca comigo. Então Marcus recomendou Martin- os dois eram de Miami- e ele recomendou John no baixo. Lá estava a conexão.”

A banda teve uma reconhecimento leal e entusiasmado no curto tempo juntos, muitas vezes requisitada como favoritas do show como a “My Heart Belongs to Daddy.”

“Eu fiz a mesma música com a banda Birds of a Feather, só em estúdio,” fala Haynes. “Decidi começar a tocar ela ao vivo, e todo lugar que íamos era uma das favoritas. Até as senhoras na Europe conheciam o nome e a melodia da música. Elas acabavam cantando junto cedo ou tarde!”

Estes eram momentos de surpresa e satisfação de qualquer show de Haynes, especialmente nesta última formação. O baterista mostra o caminho, dirigindo a forma e caminho da música através da sua bateria. “Era como dirigir. Eu sinto e logo todos estão ouvindo, Sério! Eu tento descrever o que quero ouvir com o instrumento, não com palavras.”

“Eu sou o que eu toco,” ele diz após uma sucedida temporada no Vanguard. Perguntando para explicar melhor essa ideia, Haynes diz, “Não posso descrever isso. Digo, se for verdade, se estiver tocando a verdade, então é você . Há muitos hoje que querem ser bateristas apenas indo para a escola, mas este não é o baterista que eu conheço bem. Tem que começar a fazer isso como se fosse uma coisa só, uma segunda natureza! É minha religião, minha vida.”


Gearbox
Ao longo dos anos Haynes tocou um conjunto tradicional de peças de bateria da marca Ludwigs da série transparente, Vistalites. Ele ficou conhecido tanto por tocar num kit simples de cinco peças quanto com um conjunto maior de ton-tons, array de blocos, instrumentos de percussion e um gongo. Hoje, to mestre usa um kit básico mas ainda com um gongo atrás dele.
Yamaha Maple Nouveau drums: 5 1/2 x 14 Roy Haynes Signature copper snare drum; 7 1/2 x 10 e 8 x 12 tons; 14 x 14 e 16 x 16 surdos; bumbo de 16 x 18
Pratos Zildjian: um chimbal Custom de 14-polegadas; um crash Custom de 18-polegadas; K crash ride de 20-polegadas ; Custom flat-top ride de 18-polegadas; K Dark Thin crash de 17-polegadas
Baquetas: Zildjian Roy Haynes Artist Series wood tip!

artigo original por Ashley Kahn de 11/01/2005 no JazzTimes

tradução e adaptação: Daniel Latorre

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