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Possibilidades de Herbie Hancock

Cult.Jazz Recomenda "Possibilidades"
 Herbie Hancock  é uma lenda do jazz! Uma carreira de sucesso que se estende por várias décadas. Sua música foi influenciada pelo jazz, R&B, hip-hop e sempre explora gêneros diferentes.
Desde seu trabalho com Miles Davis, em seguida com seu próprio grupo, tocou com todo mundo de Wayne Shorter a Joni Mitchell e Stevie Wonder. Nesta autobiografia ele conta um pouco sobre como fez tudo isso.

Hancock compartilha suas influêcias, estórias de bastidores, histórias pessoais e conta como o Budismo o inspirou criativamente e pessoalmente. O começo de sua carreira é o mais interessante.

Hancock nasceu em Chicago e desde jovem descobriu as duas coisas que iriam moldar sua vida: o piano e a mecânica. Estudou primeiro música erudita, estreou interpretando um concerto de Mozart com a Sinfônica de Chicago aos 11 anos de idade. Frequentou o curso de engenharia na Grinnell College em Iowa, mas seu interesse pelo jazz foi mais forte. Montou sua banda, começou a arranjar músicas e fazer shows no campus. Voltou para Chicago para continuar com a música e aos 20 de idade foi tocar na banda do trompetista Donald Byrd em Nova York.

Miles Davis, Herbie Hancock and Wayne Shorter
Herbie lançou seu primeiro álbum com a música “Watermelon Man,” em 1962. Logo em seguida, entrou para a banda do Miles e passou 5 anos com o grupo de jazz mais importante da época. “Miles era tudo que eu queria ser no jazz,” ele escreveu.  Davis orientava seus músicos para tocar solto, raramente dizia como deveriam tocar mantendo sempre a música interessante e fresca. Mas uma vez chegou perto do Herbie tocando o piano e sussurrou em seu ouvido 5 palavras: “Não- -toque-notas-muito-suaves.” Hancock tentou decifrar o que ele quis dizer, depois de muito pensar chegou à conclusão de que Davis talvez tinha dito na verdade “notas muito graves”. Mas ele havia entendido que deveria tocar acordes mais espaçados na mão esquerda, dando maior liberdade harmônica para os solistas. Muitos entendidos dizem que o grande "Segundo Quinteto" de Miles - aquele com Hancock, o saxofonista Wayne Shorter, o baixista Ron Carter e o baterista Tony Williams - atingiu o ideal platônico do jazz moderno, expandindo a arte sem sacrificar a forma.

Foi na inquietação de 1968 que Hancock saiu da banda de Davis para fazer sua própria música e satisfazer suas necessidades de explorar os instrumentos eletrônicos, fascinados pela efervescência dos tecladistas e seus sintetizadores. Em 1970, sua banda “não tocava músicas, criava ambientes sônicos” ele escreve. “Estávamos abertos para todo tipo de sonoridades vindas de qualquer lugar” —como se fosse uma coisa boa. Sua música “exigia dos ouvintes uma enorme atenção e paciência” ele admite. “Não era à toa que nosso público era limitado.”
Herbie Hancock - Cult.Jazz 2016
 Assim como muitos que passaram para a música eletrônica — incluindo seus mentores Miles Davis e Byrd — Hancock quis ganhar os créditos de ser o primeiro a tocar jazz com algo a mais.  Pode ter sido treinado para ser um jazzista, mas foi sucesso mesmo no fusion, funk e R&B dos seus grupos Mwandishi e Headhunters da década de 1970s, incluindo seu hit eletrônico “Rockit” dos anos 1980, tinham pouco em comum com o vocabulário musical de Duke Ellington e Dizzy Gillespie. “Eu tinha que ser honesto comigo mesmo” Hancock escreve, ignorando as críticas, “e era esse o tipo de música que queria seguir.”
 Herbie recebeu o Oscar pelo seu trabalho na música para o filme “Round Midnight” em 1986. O restante do livro segue contando suas experiências em estúdios de gravação até ganhar o Grammy de álbum do ano em 2008.
Quem gosta de música e de jazz tem que ler!

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