Pular para o conteúdo principal

Roteiro Cultural ~ São Paulo do Jazz & Blues

Roteiro Cultural ~ São Paulo do Jazz & Blues

e Entrevista com Daniel Latorre do HAMMOND GROOVES


por Rafael Gushiken idealizador do @spdagaroa☔ 🎷 ~ DICAS e ENTREVISTA ESPECIAL


 Nessa edição do Roteiro Cultural abordamos: um festival internacional acontecendo em São Paulo, o Sampa Jazz Festival; a entrevista que fizemos com o trio paulistano Hammond Grooves; e algumas casas de shows e bares especializados no jazz, blues e afins. Confira abaixo!


~ Sampa Jazz Festival ~ de 12 a 27 de maio em SP e Ubatuba
 
(Imagem: Divulgação)

Um festival dedicado ao jazz, no qual o público paulistano e da baixada santista poderá desfrutar disso em diferentes formatos, pois além de shows de grandes bandas de jazz e suas dissidências, há também filmes, painéis e debates sobre o gênero na programação.

Em São Paulo, o Espaço de Itaú de Cinema localizado na Rua Augusta, abriga a programação de filmes. Destacamos “Samba & Jazz” (2015) de Jefferson Mello, um documentário que evidencia a sinergia entre o samba e o jazz e as cidades do Rio de Janeiro e Nova Orleans (considerada o berço do jazz). E também “Bird” (1988), dirigido pelo famoso ator Clint Eastwood, o filme se baseia na biografia do músico CharlesBirdParker, um dos mais famosos jazzman americanos que teve a sua arte e vida, cercadas de drogas, álcool e amores.                  
Na parte de shows, o público paulistano já pôde conferir de graça na Praça do Patriarca as apresentações do DJ KL Jay (ex-Racionais MC’s) com o Projeto Coisa Fina e a big band Bixiga 70 (banda que já cobrimos um show). Em Ubatuba, eles se apresentarão nos dias 26 e 27 de maio no palco da Praça da Baleia.

Confira a programação no site oficial e na página do Facebook: http://www.sampajazzfest.com.br / https://www.facebook.com/sampajazzfest/
  

~ Hammond Grooves, o trio que adotou um orgão vintage como um integrante da banda ~
 
(Hammond Grooves no JazzB / Foto: Rafael Gushiken)
A formação atual conta com Wagner Vasconcelos na bateria e Filipe Galadri na guitarra, e o trio mescla o clássico jazz com ritmos brasileiros:
Começamos tocando covers dos ‘grooves’ dos famosos músicos de jazz que popularizaram esse instrumento, como o próprio Jimmy Smith e Grant Green. Mas também descobrimos que podíamos fazer uns ‘grooves’ nossos, misturando com baião, maracatú, e meio que virou a ‘nossa marca’ 
Daniel comenta sobre as músicas autorais do Hammond Grooves, como “Funktaztick” (maracatú-jazz), “Chá com Bolo” (baião-jazz) e “Samba da Rede” (samba-jazz). E também nos revela em primeirão-mão que já gravaram em estúdio dois discos mas ainda estão em processo de finalização, e pretendem lançar tudo ainda neste ano.

Outro diferencial das apresentações dessa banda, é que entre uma música e outra, Daniel explica os ritmos usados, o funcionamento e história do órgão Hammond, há muitos desses momentos de interação e didática com o público.
A gente gosta de contextualizar tudo, contamos histórinhas para aproximar o público da gente, pois fazendo com que as pessoas entendam melhor o nosso som, nós ficamos mais apreciáveis e mais interessantes.” 
O trio já se apresentou em vários festivais nacionais e internacionais, e continuamente faz temporadas nas casas de shows e bares do gênero em São Paulo. Fique ligado na agenda da banda divulgada semanalmente em seu site e nas suas mídias sociais: http://www.hammondgrooves.com.br/#services
 (Entrevista realizada no dia 17 de abril de 2016 após a uma apresentação da banda no Jazz B, região da República, centro de SP.
Confira também a entrevista concedida para o nosso parceiro Palco Alternativo: http://www.palcoalternativo.com.br/2016/05/17/os-grooves-do-hammond/ )




~ As Casas de Shows e Bares de SP para os apreciadores do gênero ~
1. Bourbon Street Music Club ~ Rua Dos Chanés, 127 - Moema, São Paulo, SP
Uma das casas de shows mais antigas da cidade dedicada ao gênero, inaugurada em 13 de dezembro de 1993, com o show do rei do blues,  B.B. King. Já passaram pela casa outras personalidades mundiais da música como Ray Charles, Diana Krall, Wynton Marsalis, Nina Simone, entre outros. A arquitetura do lugar é inspirada na cidade de New Orleans, o que dá o charme e requinte ao ambiente intimista.
image
(Foto: Divulgação)
2. Piratininga Bar ~ Rua Wizard, 149 - Vila Madalena, São Paulo, SP

Piratininga é uma homenagem ao primeiro nome da cidade, São Paulo de Piratininga. O bar foi fundado em 1992 em uma casinha centenária, sendo pioneiro na iniciação de “bares temáticos”, cujo tema é São Paulo de antigamente, com o cardápio e o cenário dedicado aos artistas que enalteceram em sua arte a admiração pela nossa cidade, como Mário e Oswald de Andrade, Adoniran Barbosa e Paulo Vanzolini. Apesar do foco em MPB e samba, o bar também ficou conhecido por abrigar artistas de jazz e blues, fixando em sua programação noites e shows exclusivos desses últimos gêneros citados.
3. Jazz nos Fundos ~ Rua João Moura, 1076 - Pinheiros, São Paulo, SP e

4. JazzB ~ Rua General Jardim, 43 - República/Centro, São Paulo, SP
image
(Foto: Divulgação)
Como o próprio nome diz, o bar fica escondido nos fundos de um estacionamento no bairro de Pinheiros, e sempre com shows ao vivo, o Jazz nos Fundos busca resgatar a interação entre os músicos e o público em um ambiente mais underground. Recentemente passou por uma grande reforma com um novo palco. E dos mesmos criadores do Jazz nos Fundos, o JazzB surge como um espaço de apreciação musical contando também com um bar bem estruturado e com boa gastronomia. A casa localiza-se ao lado do metrô República, no centro de São Paulo, região que, após décadas de depreciação, renasce como parte importante do eixo cultural da cidade juntamente com o Baixo Augusta.

image
(Foto: Divulgação)
5. Jazz na Kombi ~ Projeto itinerante, geralmente ocorre na Rua Iquiririm, 644 - próximo a Praça Elis Regina, Butantã

O Jazz na Kombi é uma iniciativa de amantes do Jazz, em uma ação de devolver essa arte para seu lugar de origem, a rua. Uma Kombi customizada estaciona em diferentes lugares da cidade e abre suas portas para transformar-se em um sistema de som que difunde a pesquisa musical de seus realizadores, abre espaço para apresentações de músicos e grupos de jazz, intervenções poéticas e outras manifestações artísticas de rua.



Agradecimentos especiais a Daniel Latorre (Hammond Grooves). Fontes sobre as casas de jazz: Site SESC-SP e Guia VEJA SP.

Postagens mais visitadas deste blog

A vida do trompetista de jazz Lee Morgan

O novo documentário de Kasper Collin lebra a vida intensa e turbulenta do trompetista de jazz Lee Morgan. Nat Hentoff escreveu em 1960: "Todo ouvinte de jazz já teve experiencias tão surpreendentes que são literalmente inesquecíveis" Uma das minhas aconteceu em um encontro com a big band de Dizzy Gillespie no Birdaland em 1957. Estava de costas para a plateia enquanto a banda começava tocar “ Night in Tunisia .” De repente um som de trompete despontou da banda de forma tão reluzente e eletrizante que toda a conversa do bar cessou e os que gesticulavam ficaram com congelados com as mão abertas. Após o primeiro estrondoso impacto, me virei e vi que o trompetista era o jovem "sidemand" da Philadelphia, Lee Morgan. Lee Morgan, que tinha dezenove anos quando Hentoff o ouviu, causava este efeito na maioria das pessoas. Seu som era tão brilhante, impetuoso e atrevido: como  James Brown  em começo de carreira com aquela arrogância pomposa da juventude. Morgan era

Eu quero órgão Hammond!

Além de curtir as bandas e organistas,  é importante começar a entender um pouco mais da historia do órgão Hammond como neste vídeo aqui: Agora que você conhece um pouco mais, o Hammond tonewheel existe em vários modelos ao longo de 5 décadas, mas são poucos os modelos que deixaram o timbre e sonoridade impressos na história.  Um Hammond de verdade é um instrumento com uma tecnologia antiga que não existe mais e com o passar dos anos peças e reposições são cada vez mais escassas. Por isso é importante ter em mente que só vale a pena investir em um Hammond se este estiver devidamente restaurado, profissionalmente,  por quem entende do assunto. Uma vez restaurado com excelência ele poderá durar mais 3 a 4 décadas sem problemas! Se procura um Hammond assim pode entrar em contato agora aqui: d.l.organ@gmail.com ;-) A restauração do Hammond é algo que requer um conhecimento profundo de seu funcionamento e de como é possivel devolver sua sonoridade com originalidade e dutabilidade Um estudo

Qual a diferença entre Órgão Hammond e Piano?

Órgão Hammond é diferente de Piano   H á algumas diferenças significativas entre órgão e piano, apesar de ambos usarem o teclado como meio de performance. Porém a mecânica por trás das teclas é completamente diference. Um piano é considerado um membro da família musical da percussão, enquanto um órgão pode se encaixar nas famílias dos instrumentos de sopro, eletrônicos e mesmo nas famílias dos metais. A diferença principal entre a função dos dois durante a performance é a percussão versos corrente elétrica.  O piano pode sustentar uma nota apenas por um período curto de tempo enquanto o órgão pode fazê-lo indefinidamente.  O piano gera o som assim que o músico bate na nota anexada ao martelo através de um mecanismo. Por sua vez, este martelo bate em pelo menos uma corda de metal tencionada em uma grande moldura. Mecânica do Piano. Cada uma das várias cordas são afinadas em freqüências específicas, que permite o músico criar acordes e sons dissonantes pressionando em mais